Entrevista

Rogério Zimmermann espera ver evolução do Brasil com a sequência de jogos

Em entrevista coletiva antes da viagem para Caxias do Sul, treinador xavante projetou o duelo deste sábado, comentou sobre o ataque do Brasil, entre outros tópicos

Foto: Ederson Ávila - Especial - Técnico também elogiou a produção ofensiva da equipe

Como acontece semanalmente, o técnico Rogério Zimmermann concedeu, ontem, a entrevista coletiva pré-jogo. Antes da viagem para Caxias do Sul, o treinador xavante abordou vários assuntos, os principais sobre o confronto deste sábado contra o Caxias, a importância de Márcio Jonatan atuando como extrema, o equilíbrio do grupo rubro-negro na Série D, a situação de Amaral e Patrick e o setor ofensivo da equipe. 

Caxias 

O próximo desafio do Brasil será neste sábado (27), às 15h, contra o Caxias, pela quarta rodada do grupo A8. O Xavante busca a primeira vitória na competição. O técnico Rogério Zimmermann conhece bem o adversário, já que comandou a equipe em 2022. RZ projeta um desafio complicado e diz que sua equipe precisa ter uma boa atuação. “O Caxias é a equipe com mais investimentos, conseguiu boas rendas no Gauchão por ter chegado na final. Alguns jogadores saíram e conseguiram verbas. Tem um treinador experiente, grupo bem experiente. 

Jogando no Centenário obviamente a gente vê uma grande dificuldade. São dois times competitivos, nós vamos ter que estar muito bem. É uma equipe que tem um bom padrão de jogo. Nos preocupa, evidentemente”, disse o comandante rubro-negro. 

O treinador relembra que o Caxias está hoje disputando a Série D graças à campanha que a equipe fez no Estadual no ano passado, sob o seu comando. RZ ressalta que a vitória na última rodada, sobre o União Frederiquense, garantiu a vaga. 

A delegação xavante viajou ontem mesmo para Caxias do Sul. Antes de chegar à Serra, a equipe fez um treino no CT Hélio Dourado, do Grêmio, em Eldorado do Sul. 

Amaral e Patrick seguem como dúvidas 

Por questão física, Amaral e Patrick são as únicas interrogações na escalação de Zimmermann para enfrentar o Caxias. O técnico disse que os dois seguem como dúvidas e estavam estudando a possibilidade de levar a dupla para a viagem. “O Patrick e o Amaral ainda preocupam. Já estão treinando, estão no processo de retornar. Nós vamos fazer dois treinos [nesta quinta e sexta-feira] e estamos pensando se vamos levar pra treinar conosco ou se vamos dar mais tempo. Essa é a nossa grande dúvida. As recuperações do Amaral e Patrick estão bem próximas do retorno”, afirmou. 

O clube não divulgou a lista de relacionados. Nas fotos postadas pela assessoria de imprensa do treinamento em Eldorado do Sul, Amaral e Patrick não aparecem. 

Equilíbrio do grupo A8 

Questionado pela reportagem do Diário Popular sobre o equilíbrio e o baixo número de gols do grupo A8 da Série D do Campeonato Brasileiro, Rogério disse que as equipes são parecidas em vários aspectos e que prefere enfrentar times de outras regiões. “A característica do futebol do Sul. Eu sou bem sincero que queria que tivesse times do Norte, Nordeste, Sudeste, não gostaria de estar enfrentando equipes gaúchas, de Santa Catarina, Paraná, são muito parecidas. As equipes são parecidas, as escolas são parecidas, o orçamento é muito parecido. Eu gostaria de jogar Campeonato Brasileiro e enfrentar outras escolas”. 

Mais um ponto citado pelo técnico é a questão da logística. Zimmermann destaca que para outras regiões seria possível ir de avião, diferente dos jogos regionais onde o transporte é feito via ônibus. “Acho que Campeonato Brasileiro tem que ter essa aproximação de clubes, que normalmente não jogam. Pra gente pegar um avião e não um ônibus. Fomos jogar em Concórdia e deu quase dez horas de viagem. Em menos tempo eu consigo chegar em outra capital, do Nordeste, por exemplo”. 

Elogios a Márcio Jonatan 

Artilheiro do Xavante na temporada, com quatro gols, Márcio Jonatan recebeu vários elogios do técnico durante a entrevista coletiva. RZ explica que na montagem do elenco a ideia era ter dois jogadores em cada posição. Para centroavante os nomes são Da Silva e Márcio Jonatan, mas por necessidade precisou colocar o experiente jogador pelo lado e a resposta mudou o nível da equipe. “O Márcio vinha nos últimos anos, por onde passou, como jogador central. Ele, na cabeça dele, tinha abandonado o lado. Eu que disse quando ele veio que poderia usar pelo lado. Nós colocamos o Márcio Jonatan pelo lado e ele acertou o time. Ele começou a jogar bem, começou a se destacar. O time começou a evoluir com ele pelo lado. Aquele jogador que veio jogar por dentro acertou o time por fora”, destacou. 

Nas duas primeiras rodadas da Série D, Márcio Jonatan ficou de fora por uma luxação no ombro. De volta contra o Novo Hamburgo, o extrema foi um dos destaques, recebendo novos elogios por parte do treinador. “Nas duas primeiras partidas estávamos sem o Márcio. Agora coloquei pelo lado, os primeiros dez minutos ele fez mais jogadas que todos os outros. Cortou pela esquerda, pela direita, chutou, goleiro fez um milagre. Depois chutou de esquerda e o goleiro defendeu. Cavou amarelo. De novo fez uma grande partida pelo lado”. 

Rogério admitiu que com o sucesso do jogador atuando como extrema, o clube pode buscar outro centroavante para disputar posição com Da Silva. O treinador explica que o orçamento estava fechado, mas que agora voltou a abrir espaço na folha depois da saída de Guilherme Nunes. 

“Pontuar é fundamental” 

Contra o Novo Hamburgo, Rogério Zimmermann preferiu valorizar o ponto ganho do que lamentar os dois perdidos. Ele considera importante sempre ir somando pontos, principalmente neste começo de competição com um calendário de mais jogos fora do que em casa. Também lamentou muito o fato da equipe estar atuando sem público no Bento Freitas. 

“Pontuar é fundamental. Nós tivemos um jogo em casa e sem torcida. Das primeiras quatro partidas, três são fora. A que jogamos em casa sem o torcedor… é difícil, meio desanimador. A gente estava mais animado em Novo Hamburgo que o nosso torcedor estava lá. É impressionante como é ruim jogar sem torcida. Parece que tu está treinando... é terrível. Tomara que o pessoal [departamento jurídico] consiga modificar para os próximos jogos. […] Brasil é torcida, o Bento Freitas pulsa com o nosso torcedor”, disse Rogério.  

Crescimento da equipe 

Aos poucos, o Brasil passou por uma renovação em relação ao time do Gauchão e da Copa do Brasil, além de desfalques por lesão neste início de Série D. O treinador rubro-negro diz confiar na evolução da equipe com o passar dos jogos e destaca o pouco tempo para treinar. “Tu joga contra o Novo Hamburgo, os primeiros dois dias tu recupera o jogador. Na sexta-feira é véspera. Tu tem quarta e quinta pra fazer um treino mais forte. […] A ideia é que o time vai crescer durante a competição. Primeiro porque vai ter mais jogos em casa, de preferência com o torcedor. Tem que ver a evolução da equipe com pontuação. Isso aconteceu no Gauchão, o time não estava formado. Contra o Esportivo chutamos uma bola e fizemos o gol, agora contra o Novo Hamburgo jogamos muito melhor e empatamos”. 

Diante do Caixas, Rogério admite que o empate é um bom resultado, mas prefere ver o time crescer junto com pontos na classificação. “Eu gostaria que viesse junto uma pontuação que dê mais segurança. Um empate em Caxias não posso falar que é um mau resultado. É um dos principais times da chave, mas o principal é ver a equipe evoluindo. É um bom jogo pra ver em que estágio nós estamos”, afirmou. 

Produção ofensiva 

Na partida contra o Novo Hamburgo, o ataque xavante desperdiçou várias chances de gol e o placar ficou mesmo no 0 a 0. Nos dois primeiros jogos da Série D, o Brasil marcou três gols, dois de pênalti e um contra. Questionado sobre as chances perdidas, RZ preferiu elogiar a equipe por estar conseguindo criar várias oportunidades e citou que recentemente o time marcou em todas as fases da Copa do Brasil e nas duas primeiras rodadas. “Eu não estou tão preocupado com o ataque. Eu estava preocupado lá no início do Gauchão, que a gente fazia poucos gols. Em seis partidas a gente tinha marcado dois gols. Isso é uma preocupação. […] No amistoso antes do jogo do Atlético e agora contra o Novo Hamburgo nós criamos muito, eu fico mais satisfeito com isso. Estou satisfeito com a produção ofensiva, talvez não o número de gols”, discorreu.

Zimmermann completa citando o fato que antes a defesa não estava sofrendo gols. “Aí entra a questão do equilíbrio. O que nos levou a fazer pouco gol no Gauchão e ter uma pontuação boa. A gente não levava gols. Agora nas primeiras três partidas, levamos quatro. Se a gente zera nas primeiras rodadas é 1 a 0 e 2 a 0, ou seja, nós fizemos gols”, disse RZ, que ressaltou que isso faz parte do futebol e que no Gauchão sofreu poucos gols, mas que Pitol fez várias defesas importantes.


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